Os mistérios sobre o espaço fascinam os humanos há séculos, mas engana-se quem pensa que construir uma carreira espacial como trajetória de trabalho é coisa de filme de ficção científica.
O brasileiro Lucas Fonseca nunca saiu da Terra e, graças à educação, tornou-se uma das principais referências no setor.
Ele é diretor da Missão Garatéa, iniciativa que almeja enviar uma sonda brasileira à Lua e propaga programas educacionais baseados no acesso ao espaço, impactando mais de 10 mil alunos sobre o tema.
Fonseca também é astroempreendedor e CEO da Airvantis, empresa que desenvolve atividades comerciais espaciais na América Latina.
Mestre em Engenharia de Sistemas Espaciais pelo Instituto Superior de Aeronáutica e Espaço, na França, o especialista recebeu o título de um dos 35 jovens abaixo dos 35 anos que estão revolucionando a relação da humanidade com o espaço.
“Muitas crianças como eu sonhavam em trabalhar na NASA”
Em entrevista ao blog da International School, o engenheiro brinca que nunca amadureceu daquele fascínio infantil de trabalhar com o espaço: “Na década de 1980 éramos bombardeados por conteúdos espaciais na cultura geek. Assim, muitas crianças como eu sonhavam em trabalhar na NASA”.
Nessa época, Fonseca visitou junto com os pais o Cabo Canaveral, região na Flórida (Estados Unidos) onde estão localizados centros de pesquisa espacial, como a base da Força Aérea norte-americana e o Kennedy Space Center.
“Aquele encanto que tive de conhecer o Cabo Canaveral com meus pais foi muito simbólico na minha vida e brinco que nunca amadureci dessa ideia. Quando fiz faculdade no Brasil, na USP (Universidade de São Paulo), já mandava meu currículo para a NASA”, entrega.
Com o passar dos anos e o avanço nos estudos, Fonseca recebeu dois convites: um da NASA e outro da ESA (Agência Espacial Europeia, em português). O brasileiro escolheu a oportunidade na Europa e integrou o time da missão Rosetta, que estudou a fundo os cometas na órbita do Sol.
Dicas para construir uma carreira espacial
Para quem deseja uma carreira espacial, – seja como astronauta, cientista, médico e por aí vai – o astroempreendedor deixa algumas dicas, mas antes faz um alerta importante aos futuros exploradores do espaço:
“O básico é falar inglês, para qualquer coisa na vida, tem que falar inglês hoje em dia. Até brincamos que o grande diferencial hoje são quais outras línguas você fala além do inglês”
Após o aviso, ele elenca três dicas essenciais para trabalhar com o espaço:
- Ter uma experiência de estudos e/ou profissional fora do Brasil;
- Manter contato com a temática espacial, tanto com divulgadores científicos como com livros especializados;
- Fomentar essa paixão inerente de falar sobre espaço.
Quer conhecer mais sobre o espaço aqui no Brasil?
Para quem deseja vivenciar aqui na Terra uma experiência que os transporta para fora da nossa órbita, isso é possível com a exposição Missão Marte, promovida pela International School no Shopping West Plaza, em São Paulo (SP).
“A exposição Missão Marte é um passeio educativo, que pode ser incluído na programação de escolas e de famílias. Mas além do perfil pedagógico, pode ser uma opção de lazer – e essa é a graça da exposição, já que abre espaço para que o público possa aprender de um jeito divertido”, explica Ulisses Cardinot, CEO da International School e idealizador do projeto Missão Marte.
Nesta nova temporada, a experiência torna-se ainda mais imersiva, com objetos vindos diretamente dos Estados Unidos e uma experiência bilíngue. Quem visitar a exposição, confere de perto objetos como:
- Peças autografadas por Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua;
- Réplica do capacete de Alan Shepard;
- Macacão usado por astronautas em missões espaciais;
- Réplica do Perseverance, rover criado pela Nasa que encontra-se na superfície de Marte.
Além disso, pode participar de atividades interativas e temáticas sobre o espaço, como a construção de uma mão robótica. Para saber todos os detalhes da exposição, basta acessar o site oficial da exposição.