O ensino remoto é uma modalidade educacional em que as aulas são realizadas a distância, por meio de transmissões ao vivo em plataformas digitais, no mesmo horário em que seriam as aulas presenciais, para garantir a continuidade da educação quando o modelo presencial não é possível.
Embora o ensino remoto tenha sido mais visível durante a pandemia de covid-19, ele também é utilizado em diversas outras situações, como aulas complementares ou para alunos que não conseguem comparecer às aulas presenciais.
Já o ensino remoto emergencial é uma forma de adaptação das aulas presenciais para o ambiente online devido a situações emergenciais, como a crise sanitária global do coronavírus. Ao contrário do ensino a distância (EAD), a modalidade remota não foi planejada para ser uma estrutura educacional de longo prazo, mas sim uma resposta rápida e temporária.
Por isso, as aulas no ensino remoto seguem um formato sincrônico, ou seja, acontecem em tempo real, com o professor e os alunos interagindo ao vivo, por meio de videoconferências ou outras plataformas digitais. A seguir, entenda melhor o que é e como funciona o ensino remoto!
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Ensino remoto e EAD: qual a diferença?
A principal diferença entre o ensino remoto e o EAD está na estrutura e no planejamento. O ensino remoto é geralmente uma resposta emergencial, por meio da qual as aulas presenciais são adaptadas para o ambiente online de forma improvisada e com base nas necessidades imediatas dos alunos e professores.
Já o EAD é uma modalidade de educação planejada, com metodologias próprias, como videoaulas gravadas, fóruns de discussão e avaliações online, permitindo que o aluno tenha maior flexibilidade para estudar no seu próprio ritmo e horário.
Como o ensino remoto é implementado?
Durante o ensino remoto, escolas e universidades utilizam plataformas digitais específicas ou mesmo o Google Classroom e Zoom, que permitem a interação em tempo real entre alunos e professores.
Além disso, as avaliações também são feitas online, utilizando ferramentas que garantem a continuidade do aprendizado. Essas plataformas facilitam o envio de materiais didáticos, a realização de discussões e a gestão de tarefas, criando um ambiente de aprendizado digital semelhante ao presencial.
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Benefícios do ensino remoto para alunos
Embora o ensino remoto não seja um modelo educacional planejado como o EAD, ele oferece diversas vantagens práticas para os alunos quando implementado com estrutura e suporte adequados. A seguir, confira os principais benefícios:
- Continuidade do aprendizado em situações de emergência: o ensino remoto permite que as aulas sigam normalmente, mesmo diante de cenários imprevistos como pandemias, desastres naturais ou reformas escolares. Isso evita a interrupção do calendário letivo e mantém o vínculo dos alunos com os estudos e com a escola.
- Manutenção da rotina escolar: como as aulas geralmente acontecem no mesmo horário das presenciais, os alunos conseguem manter uma rotina estruturada, algo essencial para o desenvolvimento cognitivo, emocional e organizacional, especialmente na educação básica.
- Interação em tempo real com professores: o ensino remoto prioriza o contato ao vivo entre alunos e professores. Assim, durante as aulas nesse formato, é possível interagir imediatamente e tirar dúvidas em tempo real, o que contribui para o engajamento e acompanhamento do desempenho do estudante.
- Uso de recursos digitais em sala virtual: ferramentas como Google Classroom, Zoom e outras plataformas educativas oferecem suporte para aulas, exercícios e avaliações, tornando a experiência digital mais rica. Isso favorece o uso de múltiplos formatos de conteúdo (vídeo, imagem, texto), mesmo em um modelo emergencial.
- Acesso à gravação das aulas (quando disponível): em algumas instituições, as aulas remotas ao vivo ficam gravadas e podem ser acessadas posteriormente pelos alunos. Isso não substitui o formato EAD, mas oferece uma oportunidade pontual de revisão para quem perdeu a aula ou precisa reforçar um conteúdo específico.
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Desafios do ensino remoto enfrentados por professores e escolas
Embora o ensino remoto seja uma solução eficaz, ele apresenta alguns desafios significativos para os professores e instituições, que precisam adaptar suas metodologias e práticas pedagógicas para o formato online.
1. Adaptação das metodologias pedagógicas
Os professores precisam adaptar suas aulas e atividades para o formato digital, o que exige mudanças nas metodologias tradicionais. A transição para o ensino remoto demanda tempo, capacitação e novas abordagens pedagógicas para garantir a qualidade.
2. Deficiência na infraestrutura tecnológica
A falta de equipamentos adequados e acesso à internet de qualidade em muitas regiões dificulta a implementação do ensino remoto. Muitas escolas e alunos enfrentam barreiras tecnológicas, o que impacta a experiência de aprendizado e gera desigualdade de acesso.
3. Capacitação de professores e uso de ferramentas digitais
Apesar de ser essencial, a capacitação digital dos professores ainda é um grande desafio. Muitos educadores não estão preparados para usar as ferramentas necessárias, como plataformas de videoconferência e sistemas de gestão de aprendizado, o que exige treinamento contínuo.
4. Engajamento e interação dos alunos
O engajamento dos alunos no ensino remoto é uma das maiores dificuldades. A falta de interação social e o ambiente mais propenso à distração dificultam a participação ativa, afetando a motivação e o desempenho dos estudantes.
5. Avaliação e controle do desempenho
A avaliação dos alunos no ambiente remoto é mais complexa. Garantir a equidade nas avaliações e controlar as condições de realização das provas e atividades exige novas abordagens, já que a supervisão é limitada.
Orientações do MEC sobre o ensino remoto
Durante a pandemia, o Ministério da Educação (MEC) forneceu orientações e diretrizes para a implementação do ensino remoto nas escolas, inclusive homologando a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), que permitiu que as escolas públicas e particulares do país oferecessem a modalidade enquanto durasse a pandemia.
Posteriormente, em maio de 2025, o ensino remoto no Brasil passou a ter novas regras e orientações específicas de acordo com o decreto nº 12.456, que estabelece a Nova Política de Educação a Distância (EAD).
A norma proíbe cursos totalmente online, exigindo um mínimo de 20% de atividades presenciais ou síncronas mediadas, além de provas presenciais. Além disso, foi oficialmente criada a modalidade semipresencial, que combina atividades online com presenciais, como estágios, práticas laboratoriais e programas de extensão.
O futuro do ensino remoto: perspectivas e tendências
O ensino remoto tem grandes perspectivas de se consolidar como uma ferramenta importante na educação, especialmente com o modelo híbrido, que combina aulas presenciais e online. A flexibilidade e o acesso facilitado a conteúdos digitais são apenas alguns dos benefícios que devem continuar a crescer, impulsionados por inovações tecnológicas.
A International School, pioneira em educação bilíngue no Brasil desde 2009, já adota práticas inovadoras que integram metodologias ativas e recursos digitais. Seu programa adaptado à realidade das escolas brasileiras se alinha perfeitamente com as tendências do ensino remoto, oferecendo soluções eficazes para o aprendizado contínuo e de qualidade.
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