A COP 30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, será realizada em Belém (PA) em 2025 e colocará a Amazônia no centro das decisões que podem redefinir metas globais de redução de emissões e preservação de biomas, um momento estratégico para o Brasil e para a educação.
Nas escolas, o tema funciona como gancho para trabalhar a educação ambiental alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estimulando pensamento crítico, cidadania e projetos interdisciplinares que conectam diversas áreas do conhecimento ao cotidiano dos estudantes.
A seguir, entenda a importância da COP 30 e ainda confira formas de abordar a conferência no contexto escolar!
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O que é a COP 30?
A COP 30 é a 30ª edição da Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas. O encontro reúne líderes globais, cientistas, ONGs e representantes da sociedade civil para discutir estratégias de enfrentamento da crise climática.
Nesta edição, a conferência acontecerá em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025 e a escolha do Brasil como sede reforça o papel estratégico do país na agenda ambiental, já que a floresta amazônica é considerada essencial para o equilíbrio climático do planeta.
O evento colocará em destaque questões como o aquecimento global, a redução das emissões de gases de efeito estufa, a preservação dos biomas e a busca por justiça climática.
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Por que a COP 30 é importante para o Brasil e para o mundo
O encontro deve reunir cerca de 30 mil pessoas, incluindo chefes de Estado e especialistas de todo o mundo. Além de definir metas ambientais globais, a COP 30 será um espaço para discutir o papel da Amazônia no combate às mudanças climáticas.
Para o Brasil, é uma oportunidade de apresentar políticas públicas, atrair investimentos em energia limpa e reafirmar seu compromisso com a sustentabilidade.
Ainda, a relevância também se estende ao campo educacional. A conferência amplia a visibilidade do tema e pode ser usada como gancho para projetos que promovam a conscientização ambiental entre crianças e jovens, conectando escola e sociedade.
COP 30 e a educação: como trabalhar o tema nas escolas
A Base Nacional Comum Curricular prevê diversas competências relacionadas à sustentabilidade, como pensamento crítico, argumentação ética, empatia e responsabilidade cidadã.
Esses pontos tornam a COP 30 uma oportunidade para transformar a educação ambiental em prática interdisciplinar, unindo ciências, geografia, matemática, linguagens e até ensino religioso.
Ao abordar o evento, professores podem ir além da transmissão de conteúdos e estimular nos alunos o senso de pertencimento ao planeta e a capacidade de intervir positivamente na sociedade desde cedo.
Além disso, ao colocar os alunos no centro das discussões, a escola amplia seu papel de agente transformador. Os estudantes podem se tornar multiplicadores de informação, levando para casa práticas sustentáveis e promovendo debates na comunidade. Projetos interdisciplinares também permitem integrar pais e familiares nas ações de educação climática.
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Formas de trabalhar a COP 30 na sala de aula
As escolas podem adotar diferentes estratégias para trabalhar a COP 30 em sala de aula. Abaixo, confira propostas que podem ser adaptadas para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio para transformar a conferência em experiências de aprendizagem interdisciplinares, conectadas à realidade local:
Simulação da COP em sala
Organize um “modelo ONU”: alunos representam países/blocos, estudam posições oficiais, negociam textos e votam resoluções. É excelente para trabalhar pesquisa, oratória, argumentação e cooperação. Planeje etapas (pesquisa, elaboração de discursos e rodadas de negociação).
Projetos interdisciplinares guiados pela BNCC
Conecte áreas como Ciências da Natureza (efeito estufa, energia), Humanas (justiça climática, povos tradicionais), Matemática (análise de dados) e Linguagens (produção multimídia) em um projeto único com uma pergunta norteadora. Use competências gerais como pensamento crítico, argumentação e cidadania para orientar objetivos e evidências de aprendizagem.
Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP/PBL)
Proponha um problema real da comunidade (ilhas de calor, resíduos no entorno da escola, desperdício de água), conduzindo diagnóstico, hipóteses, planos de ação e apresentação. A ABP favorece o protagonismo estudantil, o vínculo com território e a avaliação por produto e processo.
Ciência cidadã e monitoramento ambiental
Monte equipes para medir temperatura, qualidade do ar/água, volumes de lixo ou cobertura vegetal do pátio. Registrem os resultados em planilhas, construam gráficos, comparem com referências científicas e elaborem relatórios/infográficos. Isso desenvolve letramento científico e estatístico.

Horta escolar, compostagem e reciclagem
Integre ciências e hábitos sustentáveis como plantio de árvores, cuidar de jardins, fazer uma composteira ou coleta seletiva. É possível até mesmo montar oficinas de reciclagem. Na Educação Infantil, use jogos, histórias e música para dar sentido às rotinas.
Observação da natureza e saídas de campo
Mapear árvores do quarteirão, identificar espécies, medir sombra/temperatura e registrar em cadernos de campo conecta currículo e território. Depois, registrar as observações em murais, podcasts ou vídeos curtos.
Produção de mídia e campanhas de conscientização
Crie podcasts, vídeos, cartazes e reportagens sobre a COP 30. Trabalhe checagem de fatos e letramento midiático para combater a desinformação climática. Publique em canais da escola e convide a comunidade para rodas de conversa.
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Matemática com dados do clima
Leia gráficos de emissões de CO₂, calcule médias e máximas de chuvas e temperaturas, simule cenários e apresente resultados em infográficos. Essa abordagem integra estatística aplicada e comunicação científica.
Brincadeiras e histórias
Principalmente na Educação Infantil, explique COP 30 com metáforas simples (cuidar da “nossa casa”), use contação de histórias, canções, jogos de classificação de resíduos e atividades sensoriais no jardim. Envolva as famílias com “missões verdes” para casa.
Gamificação e semanas temáticas
Crie desafios como a “Semana Verde”, por exemplo: turmas pontuam ao reduzir resíduos, economizar água/energia ou trazer ideias de melhoria. Exponha placares, celebre conquistas e documente evidências de aprendizagem.
Rodas de conversa e vivências guiadas
Use roteiros prontos para discussões sobre crise climática, ecologia integral, ética do cuidado e corresponsabilidade em rodas de conversas ou debates, sempre com fontes confiáveis e mediação docente.
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COP 30 e ensino bilíngue
Em uma escola com programa bilíngue, todos esses projetos relacionados à COP 30 são integrados ao aprendizado e prática da língua inglesa. Assim, a conferência pode ser trabalhada como um tema de estudo em que o inglês é o meio para aprender sobre sustentabilidade, crise climática, preservação ambiental e importância da Amazônia no cenário global.
Na prática, a turma pode fazer leituras guiadas, analisar gráficos e produzir resumos, apresentações ou vídeos em inglês com o que descobriu e com propostas de ação para a escola ou mesmo para a sociedade. Dessa forma, a COP 30 vira um projeto que une ciência, cidadania e desenvolvimento da língua.
Benefícios de trabalhar a COP 30 no ambiente escolar
Trazer a COP 30 para o contexto da sala de aula traz uma série de ganhos para a formação dos alunos, confira alguns:
- Conscientização: desde a educação infantil, as crianças compreendem conceitos básicos de preservação, poluição e clima.
- Formação cidadã: ao debater problemas reais e propor soluções, os estudantes exercitam empatia, cooperação e responsabilidade.
- Hábitos sustentáveis: projetos práticos favorecem o desenvolvimento de rotinas sustentáveis pelos alunos, como economia de água e energia, separação de resíduos e consumo consciente.
- Influência positiva na comunidade: o que se aprende na escola transborda para casa, envolvendo famílias e vizinhos em ações de cuidado ambiental.
- Alfabetização científica e midiática: coletas de dados e leitura de gráficos desenvolvem raciocínio científico, além de ensinar sobre a importância da checagem de informações.
- Protagonismo estudantil e inovação: simulações, auditorias e projetos autorais colocam o aluno no centro das decisões e soluções. Isso estimula criatividade, liderança e visão de futuro, competências-chave do século 21.
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COP 30 nas escolas: da pauta global à prática pedagógica
A COP 30 é uma oportunidade concreta para transformar conhecimento em ação: ao integrar o tema ao currículo, as escolas desenvolvem competências acadêmicas e socioemocionais, fortalecem a alfabetização científica e midiática e criam rotinas sustentáveis com impacto real no território escolar.
Mais do que acompanhar um grande evento internacional, trata-se de formar cidadãos capazes de compreender evidências, dialogar com diferentes perspectivas e propor soluções para desafios coletivos.
Nesse contexto, a International School pode ampliar o alcance pedagógico desses projetos, potencializando iniciativas interdisciplinares. Pioneiro em educação bilíngue no Brasil, nosso programa desenvolve soluções inovadoras e eficazes para o ensino de inglês, alinhadas à realidade das escolas brasileiras e às necessidades dos alunos.
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