As atividades socioemocionais são estratégias usadas em sala de aula para apoiar o desenvolvimento de competências socioemocionais previstas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), como autoconhecimento, empatia, colaboração, comunicação, entre diversas outras que fazem parte da formação integral do aluno.
Assim, mais do que dinâmicas divertidas, elas funcionam como ferramentas pedagógicas que contribuem para a convivência escolar, fortalecem vínculos e preparam os estudantes para desafios dentro e fora da sala de aula.
Em resumo:
- O que são atividades socioemocionais: estratégias pedagógicas que usam jogos, dinâmicas, histórias e reflexões para desenvolver habilidades como empatia, autoconhecimento, cooperação e regulação das emoções.
- Exemplos práticos: na Educação Infantil, cartões de emoções, bonecos de expressão, árvore dos sentimentos e dança do rabisco ajudam na identificação e expressão de sentimentos; entre jovens, práticas como caixinha da gratidão, biblioterapia, dominó dos sentimentos e dinâmicas colaborativas estimulam reflexão, empatia e trabalho em equipe.
- Papel do professor: criar um ambiente seguro, adaptar atividades conforme a faixa etária e promover rodas de reflexão são etapas essenciais para que as atividades socioemocionais impactem o aprendizado e fortaleçam a convivência escolar.
A seguir, você confere mais exemplos práticos de atividades socioemocionais que podem ser aplicados em diferentes contextos escolares.
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O que são atividades socioemocionais?
As atividades socioemocionais são propostas pedagógicas que combinam elementos lúdicos, reflexivos e colaborativos para estimular o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Elas podem envolver jogos, dinâmicas em grupo, rodas de conversa, práticas de escrita, leitura de histórias e até o uso de recursos digitais.
O objetivo dessas atividades é criar situações em que os estudantes aprendam a identificar sentimentos, expressar emoções de forma adequada, se colocar no lugar do outro, lidar com frustrações e colaborar em grupo.
Ao vivenciarem essas práticas, crianças e jovens desenvolvem maior consciência de si mesmos, fortalecem vínculos e aprendem a tomar decisões mais responsáveis.
Em resumo, as atividades socioemocionais são estratégias que apoiam a formação integral dos educandos, tornando o processo de aprendizagem mais humano, participativo e conectado às necessidades da vida em sociedade.
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Por que trabalhar atividades socioemocionais em sala de aula?
A aplicação dessas práticas traz impactos diretos para a vida escolar e pessoal dos estudantes. Entre os principais benefícios estão:
- Clima escolar mais positivo: alunos desenvolvem maior respeito e empatia nas relações.
- Melhora no desempenho acadêmico: pesquisas apontam que competências socioemocionais estão ligadas ao aprendizado.
- Fortalecimento da convivência: estudantes aprendem a lidar com conflitos, opiniões diferentes e desafios coletivos.
- Preparação para o futuro: jovens que desenvolvem essas habilidades estão mais aptos para enfrentar situações na vida adulta, tanto em contextos profissionais quanto pessoais.
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Exemplos de atividades socioemocionais na Educação Infantil
Na Educação Infantil, as atividades socioemocionais devem ser lúdicas e simples para que as crianças consigam compreender e expressar sentimentos de maneira natural.
O objetivo é ajudá-las a nomear emoções, aprender a se colocar no lugar do outro e construir bases para relações saudáveis. Entre os exemplos de práticas que podem ser aplicadas estão:
- Cartões de emoções: cartões ilustrados com expressões faciais (alegria, tristeza, medo, raiva, surpresa). O professor pode pedir que as crianças escolham o cartão que representa como estão se sentindo ou use os cartões em rodas de conversa para discutir emoções. Isso amplia o vocabulário emocional desde cedo.
- Bonecos de expressão: confeccionados com bexiga e farinha, esses bonequinhos podem ser desenhados com diferentes rostos, representando emoções variadas. A criança usa o boneco para mostrar como se sente, tornando a expressão das emoções algo concreto e acessível.
- Árvore dos sentimentos: em um desenho de árvore, cada “fruto” representa um sentimento. As crianças podem escolher qual fruto melhor expressa seu humor no dia e discutir como lidar com emoções mais difíceis, como raiva ou frustração.
- Descobrindo a empatia: atividade em que uma criança imita expressões faciais ou corporais de uma emoção e os colegas precisam adivinhar. Além da brincadeira, abre espaço para conversar sobre como perceber os sentimentos do outro.
- Telefone sem fio dos sentimentos: versão adaptada do telefone sem fio em que, no lugar de frases, circulam palavras ou pequenas mensagens ligadas a emoções. A proposta valoriza a escuta e o respeito pelas emoções alheias.
- Leitura de histórias com reflexão: após ouvir uma narrativa, as crianças são estimuladas a comentar como os personagens se sentiram e a relacionar essas emoções com situações de suas próprias vidas.
- Dança do rabisco: cada rabisco representa um movimento (pular, mexer a cintura, levantar o joelho etc.) e as crianças precisam imitar de acordo com o cartão mostrado. A atividade estimula atenção, memória e coordenação motora, além de promover diversão coletiva.
Essas práticas estimulam as crianças a compreenderem melhor suas emoções, compartilharem experiências e se colocarem no lugar do outro, fortalecendo desde cedo as bases da convivência social.
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Exemplos de atividades socioemocionais para jovens
Com adolescentes e jovens, as atividades socioemocionais podem ser mais reflexivas e envolver maior autonomia. O objetivo é desenvolver senso crítico, empatia e habilidades de colaboração, conectando os aprendizados escolares com desafios da vida cotidiana. Alguns exemplos são:
- Caixinha da gratidão: cada estudante escreve, em papéis, situações pelas quais se sente grato e deposita em uma caixa. Depois, alguns bilhetes são lidos em grupo, incentivando o reconhecimento das coisas boas do dia a dia e reforçando o otimismo coletivo.
- Troca-troca de sentenças: o professor lê uma frase duas vezes, mudando algumas palavras na segunda leitura. Os estudantes devem identificar as mudanças e reagir de acordo com a regra proposta (sentar, levantar, cruzar os braços). A atividade trabalha atenção, memória e foco, além de promover interação.
- Dominó dos sentimentos: jogo no qual as peças trazem emoções em vez de números. Os alunos precisam relacionar as peças e, ao jogarem, compartilham situações em que sentiram aquela emoção. Isso estimula a conversa e o reconhecimento de experiências comuns.
- Biblioterapia: consiste em ler textos ou trechos de livros que abordem dilemas emocionais e sociais, seguidos de uma roda de conversa. Os jovens refletem sobre as histórias e as conectam com suas próprias vivências, o que fortalece empatia e autoconhecimento.
- Corrida das rãs: dinâmica inspirada em uma fábula em que várias rãs tentam subir uma torre enquanto são desencorajadas. Apenas uma chega ao topo, pois não ouvia as críticas. Após a atividade, os educandos discutem sobre autoestima, perseverança e o impacto das palavras positivas e negativas.
- Dinâmicas colaborativas: jogos em equipe, como quebra-cabeças ou desafios de construção, incentivam liderança, cooperação e solução de conflitos. O foco está em aprender a trabalhar coletivamente.
- Uso da tecnologia: propostas como a criação de vídeos, blogs ou até projetos de robótica e programação colocam os jovens diante de situações que exigem pensamento crítico, resolução de problemas e tomada de decisões em grupo.
Essas atividades aproximam os adolescentes da realidade, mostrando que as emoções fazem parte da vida e que aprender a lidar com elas é essencial para construir relações mais saudáveis e enfrentar os desafios da vida adulta.
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Como o professor pode aplicar atividades socioemocionais?
Para que as atividades socioemocionais tenham impacto, o papel do professor é central. Mais do que aplicar dinâmicas, é preciso criar um ambiente seguro em que os alunos se sintam à vontade para compartilhar sentimentos.
O professor pode começar com pequenas inserções, como reservar alguns minutos no início ou no final da aula para práticas curtas. Recursos simples, como cartões, músicas, livros e objetos cotidianos, podem ser suficientes para engajar a turma.
É importante também adaptar cada proposta à faixa etária e ao perfil da turma. Na Educação Infantil, por exemplo, atividades mais visuais e motoras funcionam melhor. Já entre jovens, reflexões e trabalhos colaborativos tendem a gerar maior engajamento.
Outro ponto essencial é a etapa de reflexão após cada atividade. Ao discutir coletivamente o que foi vivenciado, os estudantes aprendem a conectar a prática com situações do cotidiano, fortalecendo ainda mais o aprendizado socioemocional.
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Como levar as atividades socioemocionais ainda mais longe
As atividades socioemocionais mostram que a escola pode ser muito mais do que um espaço de transmissão de conteúdos: ela também é um ambiente para aprender a conviver, desenvolver empatia e se preparar para os desafios da vida em sociedade. Integrar essas práticas ao dia a dia escolar é essencial para formar estudantes mais completos e conscientes.
Indo por esse mesmo caminho, a International School é pioneira em educação bilíngue no Brasil e, desde 2009, oferece soluções educacionais que unem o ensino bilíngue ao desenvolvimento integral dos alunos.
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